7 de setembro de 2010

A vida me parece bonita

Depois de ter tropeçado em meu peito
Entregado meu coração ao nada
Depois de ter perdido minha alma para o acaso
A vida me parece bonita.

Ela me apareceu como uma luz
Um olhar fixo no meio da escuridão
Um farol, uma imensidão
De uma viva paixão humana
Agora, a vida me parece bonita.

Os sonhos foram retomados
Numa intensidade sobrenatural
As vidas que se cruzaram, depois de tão perdidas
Os beijos foram retomados, as esperanças
Assim, a vida me parece bonita.

A vida me parece bonita
A cada verso novo que escrevo
Meu peito não sangra, se contenta
Meus olhos enchem de orgulho, não de lágrima.

Agora desconheço o choro da dor profunda
Que tanto me ardia.
A dor essencial, física, e que assim seja
Agora, a vida me parece bonita.

Contigências

Durmo
Como
Deito
Sonho
Vivo
Sobrevivo
Feliz
Triste.

Hoje
Amanhã
Meus olhos
Teus desejos
Meu pensar
Tão distante.

Perto
Longe
Liberdade
Fantasia
Medo
Fuga.

Ódio
Amor.

Obrigatório.


4 de setembro de 2010

Dolores

Ela apareceu numa tarde bonita
Nos fez apaixonar com toda sua carencia
Com seu medo
Com seu charme.

Ela se apegou em mim como eu a ela
Se enganchou em meu colo
Disse do seu jeito
Que éramos o que ela queria.

Cuidamos como nossa cria
Com todo nosso amor
Com toda nossa alegria
Com todas as esperanças
Para um futuro ainda mais lindo.

Ela foi embora
Como uma manhã com o céu limpinho
Se foi e me deixou um adeus
Ainda bem esquecido.

Uma lágrima correu de meu rosto
E ainda caí toda vez que penso nela
Minha lembrança, já anda distante
Mas ainda tão viva quando meu amor
Por essa pequena criatura
Que tanto me encantou.