Sábado, horário estimado 23:00 horas. Estava deitada sobre o travesseiro com estampas de ancoras, gostava de ancoras, de barcos e navios. Cabeça vazia, já havia tomado seu comprimido, mas não tinha ocorrido efeito algum. Levantou-se da cama e ligou a TV, odiava aquilo, aqueles mesmos programas com as mesmas falas ensaiadas. Com o controle remoto foi trocando os canais e nada que lhe chamasse a devida atenção ao ponto de parar para assistir.
Desistiu daquela programação tediosa, voltou para a cama, posição inicial, olhando para o teto, foro branco. Pegou o celular que estava ao seu lado – esperava alguma ligação pela madrugada – começou a ouvir rádio, 101.7, passava uma musica de Flash Black talvez dos anos 50. Já havia ouvido antes, som agradável e calmo. Mas não se recordava do nome.
Começou a pensar na vida, horas atrás estava devidamente deprimida, mas agora não, continha uma alegria estrema – se é que isso ocorre – pensou no que seria talvez um novo amor, voltou a prestar atenção na musica, que já era outra. Girl, The Beatles, essa conhecia a letra decorada em sua mente, parecia bastante com o que estava vivendo.
As musicas foram passando e a hora também, olhou no relógio, 2 horas, pensou que o tempo havia passado extremamente rápido, não queria ficar na cama, pois daqui a alguns minutos sabia que começaria a sentir um tremendo desespero. Pensou que poderia levantar e ir até a sala, assistir um filme para esperar o sono chegar. Saiu do seu quarto e abriu a porta da sala, avistou uma capa de um DVD, The Invisible, já havia assistido milhares de vezes, mas estava sem paciência para procurar outro.
Pegou uma xícara com café até a boca, sentou-se no sofá e assistiu ao filme por inteiro. Quando terminou achou que já poderia ir deitar-se. Tomou mais dois compridos para der certeza que dormiria. Mas antes de se deitar aproveitou o momento favorável para escrever algo, avistou um caderno já antigo e uma caneta com a tampa mordida, começou a escrever como foi a sua noite de sábado, eram 6 da manhã já, depois fantasiou o momento que ainda não havia vivenciado. Achou desapropriado. Largou o caderno e deitou-se em sua cama, agora um pouco bagunçada, pensou em o que aquela garota estaria fazendo, abriu um sorriso ao lembrar-se... Depois, somente dormiu intensamente com o sorriso estampado no rosto... Fora uma noite de sonhos bons apenas.
Carolina Moreira
2 comentários:
Simples e simplismente muito bom texto =D ... se lê com vontade que não acabe... e quando acaba fui direto ouvir beatles a procura de hj conseguir quem sabe ter uma noite de "bons sonhos apenas ".
Inté!
Parabéns pelo blog!
Ow, como vc fez isso? (no blog)
Me ensina?
Vaaaiiii???
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