6 de março de 2010

#Anormal




Hoje eu não sinto sua falta. Hoje águas silenciosas correram por meu corpo enquanto pensava em ti. Então abri um livro antigo que nunca havia lido e retomei minha leitura hereditária.
Amanhã será outro dia e você está se apagando junto com aquele papel preso ao meu guarda-roupa onde escrevi meu primeiro soneto de amor que jamais fora recitado por mim. Peguei aquele meu cd com aquela música que você costumava dizer que se tinha haver com nós. E realmente pensei em alguém – Um alguém cujo nome não é dito da mesma forma que o seu.
Pela primeira vez em cerca de meses ganhei a rua com aquele meu sorriso falso que você nunca presenciou, e amanhã provavelmente farei a mesma coisa.




E esse é o meu jeito de me proteger.

"Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis."

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