13 de junho de 2010

Esperança




Às vezes, como febre, baixa aquela sensação de que nada vai dar certo. Se essa dor tivesse olhos, provavelmente seriam verdes como esmeraldas – Jóia vadia.
Acorda, um copo de refrigerante, 5 xícaras de café, metade de um pão com manteiga e uma dose de esperança. Essa não pode faltar.
Encara a futilidade dos outros, o horror dos outros, o medo dos outros o seu medo. O nosso medo que vem acompanhado de outra dose de cafeína e esperança.  Esperança, essa não pode faltar.
Uma hora você cansa, você cansa do preconceito, do abandono, da falta de ter o que fazer ou da falta de não ter falta. Cansa de ser paranóica com acentos agudos e cansa daquele pelo único, maldito e fodido que tem no pescoço do professor ridículo de filosofia, mas ainda tem esperança.
Tem esperança, tem uma calça vermelha, tem medo, tem coragem, tem amor, tem muito amor, tem um ser amado, tem uma paixão.
Tem amor.
Tem amor.
Tem amor.

Tem esperança.

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