16 de setembro de 2009

Xícara do infinito



Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara do horror
Lá eu guardo minhas memórias
E minhas almas abstratas.

Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara da insanidade
Lá guardo pedaços de mentes lúcidas
E ilícitas.

Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara da luxúria
Lá guardo ouro e rosas perdidas
De pessoas famintas

Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara de Jesus
Lá guardo promessas falsas de um mundo melhor
Minhas mentiras e meus fracassos

Eu tenho uma xícara
A chamo xícara da mentira
Lá guardo lâminas e comprimidos
Para encher-me de um pouco de mentira talvez verdadeiras

Eu tenho uma alma dentro de uma xícara negra
Com lascas que caiu ao chão
Tenho varias almas em varias xícaras
Que sem querer... Ficaram em mim então...

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