Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo.
16 de setembro de 2009
Xícara do infinito
Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara do horror
Lá eu guardo minhas memórias
E minhas almas abstratas.
Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara da insanidade
Lá guardo pedaços de mentes lúcidas
E ilícitas.
Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara da luxúria
Lá guardo ouro e rosas perdidas
De pessoas famintas
Eu tenho uma xícara
A chamo de xícara de Jesus
Lá guardo promessas falsas de um mundo melhor
Minhas mentiras e meus fracassos
Eu tenho uma xícara
A chamo xícara da mentira
Lá guardo lâminas e comprimidos
Para encher-me de um pouco de mentira talvez verdadeiras
Eu tenho uma alma dentro de uma xícara negra
Com lascas que caiu ao chão
Tenho varias almas em varias xícaras
Que sem querer... Ficaram em mim então...
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