26 de dezembro de 2010

AVISO

O blog estará temporariamente fechado, pois a poetisa aqui está sendo REPRIMIDA de escrever o que ELA MESMA sente, então, como é uma capricorniana fervorosa, com o ego a flor da pele, prefere calar-se que dizer COISAS QUE ELA NÃO PENSA. Palavras de baixa educação estão proibidas, pois tem gente vigiando.
Não vou dizer nada sobre a situação em si, livros "pesados" demais, para crianças "pequenas" demais.


Até mais ver.

Ass. Little Anais.

28 de novembro de 2010

C-A-G-E

Que vontade tenho eu de ser boa
Se meu reforço só aparece quando sou má
Por que enfiarei minhas garras na maldade
Se me tratam como parasita, sem nenhuma verdade.

Querem acabar com meu desejo da luta
Com minha anarquia
Minha vontade de mudar as coisas
Tirando-me o gozo de viver
Transformando-me numa pobre moribunda.

O mundo me criou para ser normal
Cega, surda, muda, heterossexual
Aprisionaram-me numa cela
Acabando com a minha privacidade
Dizendo que só as grades me trariam segurança
De verdade.

Não posso, não vou ser assim
Preciso de liberdade, confiança e amor
Que parece até ser extinto
Nessa realidade de mentira.

27 de novembro de 2010

DE VOCÊ EM VOCÊ

De você, ficou teu cheiro
Suado no meu corpo
Minhas roupas
Minha camisa amarela
Com cheiro de tua pele.

Em você, deve ter ficado meu sorriso
Que algo me diz que está sempre presente
Mesmo quando estou longe
E você sabe que estou pensando em você.

De você, ficou em mim
Tuas mil e uma manias
De mexer a boca, falar primeiro
Olhar para mim com aqueles olhos apaixonados.

Em você, devem ter ficado minhas palavras
Que não param de sair
De dizer, que tenho a dizer,
E tanta coisa, que até esqueci.

De você, ficou tua sensualidade
Tua sedução, tua aventura
Que me enche de vontade
De fazer-te minha nesse instante.

De você, em você, ficamos nós
Desde o momento que te vi indo embora
Com promessas de amanhã voltar
Desde o momento que repetimos o mesmo gesto
Que espantadas, nos assustamos
Com toda essa sincronia
Com todo esse amor
Todas essas manias
Todo esse charme e harmonia
Que só você me trás
Quando diz:
É para sempre
E eu digo:
Acredito.

18 de novembro de 2010

CAUTION

Quero você / Você / Você / Você / Você / Você / Você

Só você...

Venha que
Te confio e confirmo.

Cuidado
Com meu risco.

Devagar
Que me entrego.

Não penso e repenso.

 A deixo, o abandone

Vamos riscar/arriscar nossos traços/braços/abraços
e nossos medos/anseios/seios/seios/seios...

Só eu
E
você.

Prometo te cuidar
Como cuido dos meus sonhos.

- Watch out, girl. Your love is fucked.

16 de novembro de 2010

Libertinagem Infantil

Coração despedaçou
A platéia toda se foi
Da cama ela levantou
Como se não fosse mais nada
Partiu.

Meu orgulho dominou
E o ego, se abriu
Depois dela, teve mais
E mais, anos afins.

Ainda precisa de compaixão
Pra lutar contra nem sabe o que
Ajuda, sempre é o bastante
Ao menos para uma garrafa com álcool.

Dizem ainda: Que seja poeta
Essa desgraçada e libertina
Tão pequena e corrompida,
Os versos feitos de suas mãos
Dona de muitos prazeres,
Dores e amores.

E é isso: Que seja little e poeta. 

15 de novembro de 2010

Contorno de um dia feliz

E eu já sei que você é uma parte de mim, pois é em você que eu penso em todos os momentos, todas as horas. E é você, você, é você que eu quero levar para sempre comigo, para onde quer que eu vá. Por que é você que cuida de mim da forma mais linda do mundo e principalmente por que são seus braços que retomam o traço da minha cintura e abraça bem bem bem bem forte me fazendo esquecer das coisas ruins... E eu gosto de todas essas coisas, e eu repito pra mim mesma o quanto é grande essa sorte que eu tenho por ter te achado, quando eu sei que você repete aí para si mesma o quanto é grande tua sorte por ter me achado, e é repetindo, vivendo, construindo e revivendo que é com você que eu quero passar o resto da minha vida. Eu te amo por que você me ama e é assim que adoçamos nossas vidas. 

Obrigada por existir, meu benzinho. =)




14 de novembro de 2010

Sargento Solidão


Volta pra casa, tensão do cão. Tudo escuro e parece que alguém enfiou uma faca na tua garganta – ao menos ela não está aqui, se acontecer merda, que se vá sozinha. – Fica pensando. Quando aparece alguém, atravessa a rua, sete minutos o trajeto se parece com sete horas, lugar maldito. Se tivesse grana pegaria um táxi, - ao menos ela não está aqui – pensa novamente. A coisa já ta virando melodrama, mas as mãos não param de tremer, essas mãos que carregam livros, um para sua estante, outro pronto para ser restaurado, imagina arte. Quando se está sobre tensão, ela sempre pensa em arte, arte, arte, arte, talvez tenham coisas mais importantes para se imaginar num momento tenso como esse. Coisas além de Caio Fernando, Virginia Woolf, tenso como talvez um King... Tem um trecho de um livro preferido, que ele diz que se é poeta quando se vive poesia, e se vive.

Já está chegando, acalme-se, menina. Já está perto. Mãos suando. Está fazendo um calor infernal aqui, não é? Todas as luzes da rua apagadas. Atravessando a ponte e logo passa um carro, claro, movimento ainda se tem, mas não de pessoas, está chegando, se acalme, se acalme CA-CE-TE. Ele chega à sua direção e a luz intensa do farol ofusca sua visão, pense em arte, pense em arte mesmo sem ver o que tem na sua frente, pense em arte.

O carro para, de dentro dele desce dois: Baixos, gordos, nojentos, brancos. Gente podre do caralho. Anda mais rápido, PORRA, CORRE, CACETE. VOCÊ QUER MORRER? CORRE, CORRE, não dá tempo, eles são mais rápidos, te pegam, colocam dentro do carro. E aí, benzinho? Cadê a história de sapatão agora, hein? Te vi beijando mulher esses dias, só tava esperando colocar as mãos em você, garotinha, agora vou te mostrar como é que tem que ser feito, vou te mostar como que é a vida, você vai me agradecer, vai ver, afinal: Todo mundo goza, do jeito que Jesus gosta. Abaixa as calças, coisa mais escrota. Não adianta gritar mais, havia dois, um no volante, à noite.

Ela estava com a mochila nas costas, havia acabado de ganhar seu presentinho mensal, ele abre, pega e esvazia toda sua mochila no chão, lá encontra fotos lindas dela com sua amada, algumas cartas “Só sei viver se for por você...”. Chega mensagem, daí ela chora enquanto ele enfia aquela coisa nojenta, ela chora... Ela pensa no que pode acontecer depois... O que a garota iria dizer talvez me liga quando chegar em casa, honey, desculpa por não ter te levado, fiquei com medo... Te amo... Alguma coisa assim, mas agora não tem mais jeito, ele não para, careca, escroto, ESCROTO, ESCROTO, ESCROTO. Ele mete não tendo mais dó de nada. Você parece virgenzinha, meu amor. Tira o pau e goza na tua blusa branquinha, lavada pela mamãe.

Agora acabou, pense no lado bom, acabou... Segue, segue, não para a porra do carro. Segue pra estrada. E segue, para num lugar fodido. DESCE DO CARRO, SAPATÃO DO CACETE, DESCE DO CARRO! E ela desce, e ela pensa na casa que nunca teve, no casamento que nunca teve, olha pra aliança, ele tira no meio do início da estrada, ataca bem longe e diz que agora, benzinho, ninguém vai te salvar, por que o amor não existe na hora da morte, o amor só existe nas horas boas, ele grita. Viado enrustido e frustrado. Sente mais nojo ainda quando vê as tatuagens do braço dele, ridículo, skinhead de bosta, Nazi... O amor existe, seu bosta, fica pensando quieta, nessa altura não consegue mais esboçar nenhum som, a garganta não deixa mais falar, a voz não sai... Pensa que nunca dormiu ao lado dela. E aqueles dias? Foram tão tão bons, suas mãos tocando meu corpo... Pensa no cheiro dela, nas coisas que poderia E QUERIA dizer antes de ir embora. E pede, por favor, por favor, me deixa falar a última porra pra ela... Daí pega o celular, aquele que andava sempre junto, e escreve “Te amo” manda para aquele número já tão decorado. E vai, vai, vai, cacete, mata logo, se é isso que você quer... FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO! Consegue gritar, talvez a voz tensa saído um pouco rouca, mas ela grita com todas suas forças, ele bate sua cabeça no mato, enche tudo de terra, porra de morte sem um pingo de poesia, ela consegue gritar FILHO DA PUTA, FILHO DA PUTA, FILHO DA PUUUUTAAAAAAAA... Você quer morrer, é isso? Continua batendo, não consegue mais falar, abrir os olhos, respirar... Ele levanta, pega o revólver.

O barulho do gatilho é o barulho da morte, e a morte não volta atrás.


Carolina Moreira

13 de novembro de 2010

Frango de padaria fede


- Gostei da pontualidade. – Ela disse.

Café ou chá de camomila? Queria mesmo alguma coisa ardente – Água Ardente – mas a grana está curta, meu amor, digo pra mim mesma. Hoje você toma chazinho e amanhã você pode vê-la, fazer qualquer coisa legal, como cinema, livraria, é pequena demais parar ir a algum Rock Bar, como o Morrison. Às vezes a gente precisa de emoções, coisas diferentes, vê se me entende, vida de poeta não é conformista. Quando precisa da terapia, ela não pode. Puta que pariu. Se usasse drogas ainda teria a cocaína, se fumasse ainda teria o cigarro, sorte que ama e ainda tem amor. Amor constrói, a ausência derruba. Derruba o muro, castelo, sei lá o que por mais poético que possa parecer tudo incluso num texto sem sentido. Mas você tem ainda a certeza absolutamente clara que ninguém vai derrubar teu castelo bonito dessa vez, isso traz uma paz do caralho. Já quis escrever sem vírgula, parágrafo, letra MAIÚSCULA-MINÚSCULA, mas não pode, o perfeccionismo não deixa.

Esperando o telefone tocar, qualquer coisa como oi tudo bem, tudo e você, mas de alguém especial, aquele alguém do deserto. Carência afetiva machuca, cara, mata de verdade. Fica faltando um pedaço que o drama não consegue substituir. Quando não se sabe lidar com as faltas tudo fica três vezes pior. Voltando pra Casa, quase chorando, tinha aquelas porras daqueles frangos nojentos que enfiam a lingüiça no cu pra ficar recheado, ele fedia a carne morta, graças ao capeta sou vegetariana.

7 de setembro de 2010

A vida me parece bonita

Depois de ter tropeçado em meu peito
Entregado meu coração ao nada
Depois de ter perdido minha alma para o acaso
A vida me parece bonita.

Ela me apareceu como uma luz
Um olhar fixo no meio da escuridão
Um farol, uma imensidão
De uma viva paixão humana
Agora, a vida me parece bonita.

Os sonhos foram retomados
Numa intensidade sobrenatural
As vidas que se cruzaram, depois de tão perdidas
Os beijos foram retomados, as esperanças
Assim, a vida me parece bonita.

A vida me parece bonita
A cada verso novo que escrevo
Meu peito não sangra, se contenta
Meus olhos enchem de orgulho, não de lágrima.

Agora desconheço o choro da dor profunda
Que tanto me ardia.
A dor essencial, física, e que assim seja
Agora, a vida me parece bonita.

Contigências

Durmo
Como
Deito
Sonho
Vivo
Sobrevivo
Feliz
Triste.

Hoje
Amanhã
Meus olhos
Teus desejos
Meu pensar
Tão distante.

Perto
Longe
Liberdade
Fantasia
Medo
Fuga.

Ódio
Amor.

Obrigatório.


4 de setembro de 2010

Dolores

Ela apareceu numa tarde bonita
Nos fez apaixonar com toda sua carencia
Com seu medo
Com seu charme.

Ela se apegou em mim como eu a ela
Se enganchou em meu colo
Disse do seu jeito
Que éramos o que ela queria.

Cuidamos como nossa cria
Com todo nosso amor
Com toda nossa alegria
Com todas as esperanças
Para um futuro ainda mais lindo.

Ela foi embora
Como uma manhã com o céu limpinho
Se foi e me deixou um adeus
Ainda bem esquecido.

Uma lágrima correu de meu rosto
E ainda caí toda vez que penso nela
Minha lembrança, já anda distante
Mas ainda tão viva quando meu amor
Por essa pequena criatura
Que tanto me encantou.



29 de agosto de 2010

Eu quero que você me afague louca em teus braços. Assim me faça pensar em lugares dos quais eu nunca irei pisar, mas a beleza comparo com a de seu sorriso. Quero que você anule meus gritos roucos de silêncio com tuas palavras rodeadas de um extremo carinho que hoje em dia é difícil a gente encontrar por aí. Quero que você me aperte e me beije, assim me leve para o infinito de meu desejo, onde teu corpo e tua alma estão abrigados como se fossem os próprios donos de meu pensar.
Você repete nos meus ouvidos abafados de ruídos de caminhões na rua, vozes sem sonoridade e versos interrompidos, dizendo que está tudo bem, tudo bem. Eu acredito, pois você me abraça daquele jeito que parecemos ser a mesma pessoa até carnalmente.
Eu te amo mais do que qualquer outra coisa.
                                                                                                            
Beijos com sabor de bala de criança. 


15 de agosto de 2010



Queria poder saber dizer as palavras mais lindas do mundo para explicar o que eu sinto quando te vejo, quando te abraço, quando te beijo.

Seu cheiro está impregnado em minha roupa. Não há nada do mundo mais fantástico que você.

31 de julho de 2010

Eu choro por que eu sou criança e ainda me importo com o desprezo, mesmo já sabendo.
Eu sei o final das coisas, sei exatamente o que vai acontecer, daí me resta aproveitar da melhor (ou pior) forma possível até chegar naquela hora. Eu estou confusa, não sei lidar com a falta, não sei se eu queria vê-lo ou se só não quero aceitar que já chegou A-Q-U-E-L-A hora onde toda a mentira não é mais aceitável, esse texto não faz nenhum sentido. Então vou parar por aqui antes que me arrependa de ter usado as palavras de uma forma não-correta.

29 de julho de 2010



Hoje eu estou completamente louca por ele. Só por hoje. Os ideais dele me encanta mais do que nos outros dias, o jeito dele, o estilo dele, o modo que ele canta. Sou uma menininha apaixonada, beijos. HUAAHUAHAUAHAUAHUAHAUA!! 

The Beautiful People

"Hey, you, what do you see?
Something beautiful, something free?
Hey, you, are you trying to be mean?
You live with apes man, it's hard to be clean"

O Manson sempre quebrou vários padrões sociais, acho que por isso ele ainda é tão odiado. Hoje em dia tudo está acabado, isso não significa que antes não estava, mas agora muito mais visível a decadência das pessoas. Digo isso pela importância das mascaras. É duro encarar uma realidade, então todo mundo opta por meios de fuga, por pior que eles sejam. Parece que a forma de se expressar foi extinta, a criatividade foi extinta, e o que sobrou para essa geração foi o resto da podridão passada.

A importância de ter um rosto bonito é extrema, é bem isso que ele diz. Por mais que por dentro seja podre, tenso e vazio. Quando se tem um rosto bonito tudo está salvo e você pode conquistar o que quiser. A gente pode se entregar à ira ou a vaidade, tanto faz. Daqui a um tempo ninguém mais vai saber diferenciar o que é de verdade do que finge ser, do que os outros o obrigam a demonstrar. Parece que tudo está tão fútil e passageiro, não tem do que se lembrar. Todo mundo é tão igual e lutando pra ser diferente.    

O quem me alivia é que uma vez ou outra aparece um que ainda quer mudar o mundo. Um que ainda consegue ser diferente de todos os iguais. Esperanças despedaçadas de um mundo melhor e de uma vida melhor. Não quero viver pra sempre nessa selva de pedra, onde gente mata gente a todo minuto. Eu li em algum lugar que o mundo nunca vai acabar, as pessoas que vão. Faz muito sentido. O mundo é forte, as pessoas são fracas, fúteis e vulneráveis. 


Queria que alguém soubesse dizer "tudo o que tem a dizer". 


26 de julho de 2010

Eu queria ser poeta

Queria rimar, queria sonhar como criança. Queria ser poeta, por que poeta sofre, mas é bonito.Quando eu sofro não é bonito, por que eu não sou poeta.
Queria ser poeta gente, não daqueles que a gente conhece só por nome. Queria escrever coisas que as pessoas decorassem fácil e pudessem recitar em segundos. Como Pessoa. Queria ter pseudônimos e cada um com uma vida diferente, queria escrever, queria fazer disso minha vida e meu modo de ver as coisas.
Eu não tenho medo de dizer o que eu penso, consigo aguentar todas as consequencias. Mas eu queria explodir todos esses sentimentos de raiva, ingratidão com o mundo, de um jeito bonito de verdade. 


Um dia eu ainda serei poeta. 


Eu quero ser Teu bem 
                                      
                                       Teu mal 
                        Teu medo 
         
                             Tua esperança 


                        Teu desespero


                                     Tua felicidade


                        Tua verdade 
   
                                              Tua dor 


































                           Teu amor


E
T
E
R
N
O


.
.
.
"Queria que todo mundo que acha que depressão é frescura tivesse depressão.
Queria que todo mundo que tem nojo de homossexuais fosse homossexual.
Queria que todo mundo que tem nojo de quem tem aids tivesse aids.
Queria que todo mundo que me acha louca fosse louco como eu.
Queria que todo mundo que odeia pobre fosse pobre.
Queria que quem só fala merda fosse mudo.
Queria... nunca ter existido."

Confissões Da Madrugada

É noite, perdi o sono e junto com ele toda e qualquer vontade que me restava para dormir. Vi novamente algumas fotos e li as mensagens. Queria relembrar dela, somente dela. Sua imagem estava viva em minha mente, eu poderia fechar os olhos e vê-la. Lembrei de um episódio passado à algumas horas atrás, onde eu estava ouvindo ela falar e me encantando com seu jeito e todas suas manias. 
Eu a amo tanto que às vezes nem tenho mais o que dizer. Tudo é tão real, tão presente e tão bonito. Que dá medo de pisar em falso, no nulo, num lugar errado. As coisas agora me parecem mais fixas do que há um tempo atrás, mais verdadeiras.

"Depois de todas as tempestades e naufrágios, o que fica em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro."

24 de julho de 2010

"Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar à mercê de visitas adiadas, encontros transferidos."




Amo-Te

Amo-te no silêncio perdido nessa canção
Amo-te na intensidade do meu coração
Amo-te e grito louco, amordaçado
Amo-te, quero que isso seja lembrado.

Amo-te no desvio onde muitos se perderam
Amo-te, não quero cair onde eles se esqueceram
Amo-te e luto contigo para poder acontecer
Amo-te, só quero a ti pertencer.

Amo-te como eu amo a luz do luar
Amo-te e amo só por amar
Amo-te sem trapaças, roubos ou rancor
Amo-te e só quero saborear o teu amor.

Amo-te ontem, hoje e para sempre
Amo-te pois só você me faz diferente
Amo-te no delírio louco da paixão
Amo-te pois só você é o fim da minha solidão. 


-CM



Charles Manson mau caráter!

Vou contar deis do início, mas acho que não lembrarei de tudo.
Eu estava voltando de algum lugar que era bem longe, era madrugada e as luzes da rua estavam todas apagadas, não lembro que rua era. Acabei me perdendo e passei algumas horas andando no meio daquelas ruas sem poder identificar, não tinha dinheiro e nem celular. Depois de muito tempo eu estava ficando em pânico e muito desesperada. Quando vi o Kainã \o/
Well, não sei se era o Kainã. Mas era um cara bem parecido com o Kainã que chamava Kainã. Enfim... Ele me achou e disse que sabia onde nós estávamos. Eu fiquei bem feliz e pedi pra ele me levar pra casa, ele disse que aquele lugar era muito longe e que eu precisaria pegar o metrô (???). Mas eu não tinha dinheiro e nem ele, então fomos até a casa dele pra ele pegar dinheiro, me dar e eu pegar o metrô para ir pra casa.
Quando chegamos na casa dele, a mãe dele estava lá e achou que eu era sua namorada =S. Pegamos o dinheiro e ele me deixou na porta, por que a estação estava perto e eu poderia ir sozinha. Mas eu me perdi de novo e fiquei andando pra cima e pra baixo sem ver nada que eu conhecia. Até que tive a brilhante ideia de voltar pra casa dele e pedir pra ele me levar para a estação. Quando eu cheguei lá, ele já estava dormindo e a mãe dele disse que era pra eu ficar e dormir lá, por que já estava muito tarde e pela manhã ele me levaria. Eu dormi e acordei bem de manhã. Daí, não sabemos como nem por que, subimos no telhado e o Kainã saiu voando, tipo igual o Peter Pan, eu segurei nele e saímos felizes, sobre-voando toda a cidade oO
Passamos por aquela ponte onde um monte de gente já se matou oO
Beleza. Como se não bastasse, de um minuto pro outro o Kainã sumiu e me jogou em cima de uma outra ponte que eu não sei qual era. Nessa ponte, estavam um monte de Serial Killers famosos de kimono :S (Eles eram todos faixa branca). E eu fiquei lá, só observando. Apareceu uma mochila nas minhas costas com aquele livro fodão, Serial Killer, Louco ou Cruel? E uma caneta. Daí eu olhei pra frente e vi o Ed Gein, Ed Kemper e o Ted Bundy andando felizes de mãos dadas e com a faixa do kimono na cabeça. Eu fui lá e arrumei a faixa na cintura deles *.*
E pedi autógrafos *.*
Eles foram tão simpáticos, morram de inveja ;)
Daí eu saí pedindo autógrafos pra todos eles, a Aileen Wuornos estava com um kimono rosa, genthy, super foda.
Mas tem a parte ruim... O Charles Manson não quis me dar autógrafo, não sei por que... Ele não gostou de mim =/
Então eu não gosto mais dele também.

Enfim, eu acordei com aquele ar de Fuck Yeah, até reparar que foi só um sonho e que eu não tenho nenhum autógrafo de nenhum serial killer e não tenho nem o livro da Ilana Casoy que eu já até decorei os capítulos. Quando reparei em todas essas coisas quis me matar, bjs.

23 de julho de 2010




"Às vezes me sinto
Mendiga da vida
Como se o caminho fosse
Tão confusso e doce
Como uma volta sem ida."

-CM

Ontem

Nasci no natal. O parto foi difícil, os médicos não acreditavam que minha mãe iria sobreviver daquela cesariana conturbada. Deixaram várias artérias vazando sangue em seu corpo, junto delas deixaram também más lembranças do começo de vida da sua segunda e última filha.
Não lembro muitas coisas de minha época muito nova, não irei mentir para soar poético nem nada. Lembro de ter sido bem destrutiva, do tipo que os pais tinham vergonha de sair na rua por que sabiam que iriam quebrar tudo o que visse pela frente, era muito falante. Aprendi a ler muito cedo, com cinco anos. Não lia livros, gostava mesmo de gibis e criava muitas histórias sozinha. Me imaginava dentro delas, como se meu mundo fosse uma das histórias das mil e uma noites... Ou algo assim. Gostava muito de desenhos, dos mais violentos.
Nunca tive muitos amigos. Meus amiguinhos eram meus primos da rua de trás, só isso. Eles vinham aqui e eu ia na casa deles, ficou assim até uns sete anos, depois disso nos distanciamos muito, então eu fiquei sozinha. Gostava de me jogar video-game, montar quebra-cabeças e ouvir músicas. Também brincava muito com legos. Era muito apegada ao meu cachorro... Com dez anos eu tive a pior experiência da minha vida, e a primeira ligada com a morte. Não foi um familiar, foi meu pequeno e recém-nascido cachorrinho que eu o levei a uma morte triste e acidental, pretendo não falar sobre isso.

Comecei a fazer amizades com uns doze anos, eles não eram bonzinhos nem nada, mas com eles eu me encontrava. O começo da minha adolescência foi uma coisa louca, intensa, rebelde e triste. Eu vivi com doze anos o que deveria ter vivido com dezessete. Com doze anos eu dei meu primeiro beijo, tive o primeiro pré-namoradinho e conheci meu primeiro e dilacerador amor. De lá pra cá a intensidade foi abaixando e a certeza aumentando. Quando a gente é pequeno parece que tudo é grande, e nunca nos damos em conta que o que é pequeno é a gente, e não as coisas que são grandes demais. Daí quando crescemos tudo parece muito pequeno pra gente. Já fui engolida pelo mundo várias vezes. Deis de então eu crio mundos e engulo todos. Todas as vezes que o mundo me engoliu foi obrigado a me vomitar.

22 de julho de 2010

Beleza Americana

Às vezes eu tenho a impressão que perdi parte da minha capacidade de me impressionar com as coisas. Não sinto mais que eu tenho aquela visão bonita e infantil de nada. Parece que tudo isso foi substituído por uma coisa mais realista e bem menos fantasiosa. Isso me faz pensar que quando encaro a realidade "de frente" ela perde a graça, não que exista a realidade fantasiosa. Por que se existe fantasia não existe a realidade. Um lado de mim odeia quando se tem todo o sentido e tudo se encaixa. Mas esse lado de perde quando se perde junto a segurança de fazer as coisas darem certo.

Compliquei tudo e tenho a impressão que ninguém está entendendo o que eu quero dizer realmente atrás do que eu estou dizendo.

Well, tudo isso é apenas para dizer o quando eu usei todas as minhas capacidades de me impressionar com um filme ontem. Fazia muito tempo que isso não acontecia, por isso acho que deveriam dar muito valor. A fotografia é linda e a história também. O Lester é fantástico, puta merda. Ele extremamente loser e todas essas coisas, daí ele fica todo fodão mas sem deixar de ser loser. Beleza Americana foi o tipo de filme que me deu orgulho quando terminei de ver, de tão fantástico que é.
Tenho uma lista de filmes aqui em casa, e eu não vi nem a metade. Pretendo até o final do ano ver uns 70%, daí serei bem mais feliz =)

Hoje vou assistir Closer, Perto Demais.
\o/

Vários diários de bordo.

Eu queria um caderno para escrever, não precisava ser bem um caderno, poderia ser umas folhas soltas, sufite, qualquer coisa. Não estava achando nada, até que eu vi no final de uma pilha de livros didáticos, um caderno de capa dura e antiga, um diário. Eu li cada folha e revi alguns momentos, não todos. Havia muita coisa que eu não lembrava que tinha acontecido. Eu era infantil, escrevia bem errado (não que hoje eu seja adulta e escreva certo, rs.) e tinha umas ideias completamente diferentes de hoje em dia. Eu tinha muito medo das pessoas me deixarem. Hoje em dia parece tão distante falar de coisas que aconteceram a cerca de um ano atrás... A saudade me dilacerava muito. E era uma saudade louca de uma coisa que não aconteceu, eu sentia saudade de acreditar que o que eu pensava iria acontecer um dia.

Às vezes eu quero mudar o mundo. Mas dói muito quando eu percebo que não posso tornar a vida de ninguém perfeita. Ontem eu reparei que sou bem forte, puta merda. Haviam coisas que doíam tanto naquele tempo e hoje não doem mais... Isso me faz acreditar que o tempo cura algumas coisas, nem todas, mas algumas pode até acontecer. Eu me apaixonava de verdade com muita frequencia e sempre por pessoas impossíveis. Escrevia muitas cartas e nunca enviava nenhuma delas. Segue aí embaixo o começo de uma carta que eu nunca terminei de escrever e também nunca enviei, para @happysadkim. No começo de Janeiro...

“Você confundiu todos os meus sentidos, provocou em mim uma coisa que eu achei que nunca sentiria novamente. Não sei nem dizer o que é isso, não sei dizer quem eu sou perto de você e não sei mais viver sem sua presença. Tenho medo, um medo de dizer todas essas coisas e abrir todos esses versos e você se assustar com o meu amor... Ah, dói tanto tudo isso. Me dói ter que te ver em um braço que não é o meu e ver que não sou eu quem te faz feliz...”

Acho que não tenho mais nada para dizer. Enjoei do outro blog, não sinto mais vontade de escrever nele, por isso fiz esse. Tsc, tsc...

12 de julho de 2010

Diário de bordo do dia 11 (Pra 12)



Passei mal à noite como nunca havia passado antes. Acho que por conta daquele sonho onde a garota de Freud ia embora a dor foi bem maior do que o simples enjoo. Doeu tanto, mas tanto, de um jeito que arrancou todos os meus sentidos. Acordei com tontura, por instantes não tive mais medo de nada que não fosse aquilo. A mulher dos alicates cuidou de mim enquanto eu chorava, e me retorcia de dor. Parecia que toda aquela conversa que havia acontecido horas antes tinha tido o meu resultado esperado. Isso me deixou extremamente feliz. Lembrei que tentei usar todos os artíficios disponíveis para comunicar a garota de Freud daquele resultado, daquela vitória, da nossa vitória. Agora estou juntando todas as peças para poder lembrar dela com aquela intensidade que ela me trás. Ainda tenho medo, mas agora o medo parece bem mais longe do que antes... As coisas parecem mais certas, a certeza vai aumentando, todas as coisas vão aumentando daquele jeito que eu vou perdendo o controle. Nessa circunstância que a nós vivemos agora, a coisa mais sensacional do mundo é isso, amar. Sem ter o controle.

 “É intenso, é daquele jeito que não conseguimos pensar mais em nada. Na verdade, até conseguimos, mas tudo direciona para você. A música do rádio, o trecho do poeta, a sala de aula, as filosofias e as piadas. Mesmo que você não saiba, tudo me trás você. Mesmo que você não conheça.”



9 de julho de 2010

O meu coração está apaixonado
Tua voz ecoa no meu pensar
Estou sentindo falta do seu beijo
E do seu sorriso ao me encontrar.

Faz pouco tempo que não te vejo
Mas já estou sentindo tua falta
Sem você meu peito é triste
Sozinho e peralta.

Estou contando os dias para te ver
E para matar toda essa saudade
Você é a única que pode abater
Essa angústia que agora me invade.

Cada dia eu te quero mais e pra sempre
Meu medo aumenta, não quero nunca te perder
Só quero contar os dias, os anos e as décadas
Vendo sempre nosso amor crescer.

6 de julho de 2010


Textos inacabados
Folhas amarelas
Pensamentos breves
Perdidos.
Água do mar
Areia da praia
Loucura esta chamando
Noite está caindo
Lua desaparecendo.
Estou sozinha
Perdida por aí
Num lugar escuro
Entrando
Saindo do túnel.
Escolhas estão aparecendo
Uma hora vejo que irão sumir.
Igual um céu pertinente
Em uma bela tarde de outono.

Tudo se desfaz
Coração batendo forte
Mãos frias
Pernas bambas
Corda no pescoço.


[Achado em um caderno velho, meados de 2008]

O Que Eu Quero

        

            Quero apenas que você permita
            Que eu seja tua segunda alma
            Quero que você não sinta mais medo
            E que você possa confiar em meu louco amor.

Quero descobrir cada dia um pouco mais
Do que fazer para te fazer feliz
Quero te apresentar o que você é
Com uma mistura insana do que eu quero ser.

Quero ouvir sempre teu coração bater
De um jeito rapido e sincero
Quero ser o elo
Entre tuas verdades e tuas mentiras.

Quero te abraçar sempre forte
Te ver sorrir como uma criança
Quero ser o motivo da tua felicidade
Ou então somente te ver com ela.

Quero sentir teu cheiro
Te acariciar, ser teus sentidos
Quero que você saiba do meu querer
E do meu sentimento, sempre vivo.

Quero que você diga que está tudo bem
Se eu te ligar preocupada enquanto você dorme
Quero dizer que te amo milhares de vezes
Sem meu sentimento parecer antigo.

Quero fazer você se encantar
Com minhas várias poesias
Quero gritar pros quatro ventos
Que você é minha alegria.

Quero fazer você se apaixonar por mim
Cada dia novamente
Quero te conquista todas as horas
Quero ser tua paixão.

Quero te amar nessa intensidade
Que faz parecer a primeira vez
Quero ser tua cara-metade
Te cuidar, te pertencer.

Quero driblar a insegurança
Te fazer para mim sorrir
Quero entrar na tua dança
E te fazer do meu jeito feliz.